sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Mystic mist music Sonnet

There's a grim secret surrounding thy soul
A symphony of sounds playing inside thy heart.
And beneath the clear sky, the stars' glow,
There's a heavy mist tearing lovers apart

Inside it, this poet, lost in sweet guitar strings
Wanders through the land as the ages spin.
As he waits, such music the wind brings,
feels his chest with the drums. What a din!

Oh!That beat beating inside my brain
Oh!That chords entering my guts still
Delight Thyself! This song is not in vain
By the Moon, howl this chant i will!

Bury with notes, this unreavealed unrest
Let the Destiny blow this mist. It's the best

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Desafiotrancritivo 1

Bem Locão

E ae Jhow
Qualé malandro?
Cê tá travado véio
quer que eu te leve pra casa?

Vai mano, vamo embora!
Que cara é essa
tá sentindo alguma dor?
Filho da puta! Vira pra lá pra vomitar!

Relaxa brother
essas coisas acontecem
sou seu parceiro e não vou te abandonar
Mas amnhã vou levar minha roupa pra você lavar

Velho cê tá é chapado e não sentindo dor
Aquele bagulho que cê fumou te fez delirar
Tu tá com a mente tão perturbada
que num dá pra entender nada que cê fala

Teve uma vez que travei desse jeito
naquela época tinha a cabela gorda que nem um balão

Todo mundo precisa chapar assim uma vez
e já que hoje a loucura é com você
curta a brisa e não tente entender
porque cê tá bem locão

Eu também já fiquei bem locão

Tá bom
só tô te zuando de levinho
num precisa gritar
cê que é fracão de chapar
E ai, dá pra levantar?
Cê precisa caminhar pra melhorar
se apoia em mim que eu te carrego
quero só ver se de tudo isso vai se lembrar

Já te falei que isso não é dor, é chapação
E que aquele bagulho que cê fumou te fez viajar
E vamos parar por aqui que cê tá muito pesado
Vai, encosta ai enquanto dou uns tragos!
E para de falar bosta
ta parecendo criança
Ah, vai se fudê cara! Agora se vai se mijar?
Não encosto mais minha mão em você
Pra mim isso é coisa de um vacilão, deu um look
Quando os caras ficarem sabendo vão tudo te sacanear
Porque cê tá bem locão

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

não não não, você não sabe

Era o fim de mais um dia
Te avistar assim


Os dias são pesados, eu sei
Você tem afazeres, eu sei
você precisa de um drink, eu sei
E eu preciso brindar você
degustar
sorver
virar
inebriar
E você nem sabe!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

suave na nave

Hélio,
tem alguém aí?
só pisca duas vez se cê tá na escuta
tá tudo em ordem, mano?

vai, truta
sei que cê tá na lona
mas tô aqui pra dar uma força
botar tua cabeça no lugar

de boa
só me dá a letra antes
papo reto
fala o que tá pegando

cê é frouxo, cê tá arregando
um peido de véia na missa
cê só fala groselha
eu moleque, a mente fritava
as mão, dois balão

agora tô nessa pegada de novo
sei lá, acho que cê tá boiando
não sou disso
tô suave na nave

tô suave na nave

sussa
só mais um tapínha não dói
cê nem vai chorar... aaaaaaaah!
pode dar bad
cê guenta?
certeza que cê tá ficando no grau
só assim cê vai segurar a bronca
vem, vambora.

cê é frouxo, cê tá arregando
um peido de véia na missa
cê só fala groselha
eu moleque
de rabo de zóio
saquei um lance
de escanteio
mas daí já era
nem trisquei na bola
a criança cresceu
a brincadeira acabou
e eu fiquei
suave na nave

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Desafiotranscriativo I

De boa demais pra me mover

E aí?
travo?
ei, ei tá aí?
acompanha o movimento da minha mão

Ae acorda
Sai dessa bad
se recompõe
que eu vo salvar você

Relaxa brow
mas vai, falaí
que que tá pegando?
manda a real

Não tem perrengue nenhum, para de vacilo
As "barca" tão lá longe e a fumaça é sua
que tá aí, boiando, na marola
Cara, voce tá até falando em slow motion
não da pra entender
Quando eu era muleque
quando eu pegava febre
Minhas mãos eram como balões
E hoje eu sinto o mesmo
só que é minha cabeça
não dá pra desenvolver essa idéia
nem sei se eu sou eu
Ahhh
To de boa demais pra me mexer

OK
Só um baquezinho
corta o chororô
talvez o pega seja violento
Vai mano
se até que tá suave
dá pra levar o show numa boa
Vai que agora é a hora

Não tem perrengue nenhum, para de vacilo
As "barca" tão lá longe e a fumaça é sua
que tá aí, boiando, na marola
Cara, voce tá até falando em slow motion
não da pra entender
Quando eu era muleque
eu tinha umas brisas
mas agora que cresci nem rola de lembrar
a brisa passou
o tempo voou
E eu fiquei de boa demais pra me mexer

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

DESAFIOTRANSCRIATIVO I

COFORDORMENTE

Ei, ou
qualquer coisa que puder
acene se ouvir-me
qualquer sinal, nenhum?

Vamos, ora
eu percebo você tão mal
bem, eu posso te ajudar
e fazê-lo levantar

Relax(e)
preciso de informação antes
coisa de rotina
me diga o que o incomoda

Não há dor, você está recuando
Um navio distante vai ao horizonte
E você apenas surge entre vagas
Seus lábios mexem mas já não 'stou te ouvindo
Quando eu fui criança ardi em febre
minhas mãos pareciam dois balões
Agora sinto tudo novamente
Não posso explicar, você n'entenderia
Eu não sou assim
Eu fiquei
confordormente

Tá bem
é só uma picadinha
nada mais de AAAAAAAH!
talvez uma tonturinha
Vai, levanta!
você 'stá reagindo bem
isso vai mantê-lo durante o show
vai, que o tempo não parou

Não há dor, você está recuando
Um navio distante vai ao horizonte
E você apenas surge entre vagas
Seus lábios mexem mas já não 'stou te ouvindo
Quando eu fui criança tive essa visão
como se fosse apenas um borrão
Me virei e olhei e se foi
não posso mais alcançar
A criança partiu
O sonho ruiu
E eu fiquei
confordormente

DESAFIOTRANSCRIATIVO I

Comfortably Numb

Hello,
Is there anybody in there?
Just nod if you can hear me
Is there anyone at home?

Come on now
I hear you're feeling down
Well, I can ease your pain
And get you on your feet again

Relax
I'll need some information first
Just the basic facts
Can you show me where it hurts

There is no pain, you are receding
A distant ship's smoke on the horizon
You are only coming through in waves
Your lips move but I can't hear what you're saying
When I was a child I had a fever
My hands felt just like two balloons

Now I've got that feeling once again
I can't explain, you would not understand
This is not how I am
I have become comfortably numb

I have become comfortably numb

O.K.
Just a little pin prick
There'll be no more...aaaaaaaah!
But you might feel a little sick
Can you stand up?
I do belive it's working, good
That'll keep you going, through the show
Come on it's time to go.

There is no pain you are receding
A distant ship's smoke on the horizon
You are only coming through in waves
Your lips move, but I can't hear what you're saying
When I was a child
I caught a fleeting glimpse
Out of the corner of my eye
I turned to look but it was gone
I cannot put my finger on it now
The child is grown
The dream is gone
And I have become
Comfortably numb.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Sob

o mesmo Sol
que ilumina o Monte Parnaso

a mesma influência
dos Clássicos, da Lua, do coração

o jugo de Chronos
fazendo sentir o arrasto das quatro estações, da translação, de cada segundo

o domínio do Ego
em vão, constantemente tentando dar lógica a isso, que é só sentido

o olhar inexistente
e o imaginar o brilho que há ou não neles

a sombra de minha memória
em um banco de praça qualquer
sento
levo a mão ao rosto
depois a cabeça
Acendo um

Sob qual ótica leriam isso?
Sob qual aspecto se identificariam?
Sob quais circunstâncias perceberiam o despropósito proposital?

Depois de tanto tempo, depois de tanta coisa
sob tudo isso

e seu corpo não está sob o meu!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

TEATRO PORTUGUÊS

EL-REI / EL-MALIK

O frio lambendo as feridas das peles queimava o reflexo em superfície rugosa dos diversos medos de sabores épicos que gritavam o cheiro da necessidade do mártir, fazendo-se audiovisualmente presente no campo de batalha. Ali, o mundo está sempre por recriar-se, seja para aqueles que se sagrarão vencedores, seja para aqueles que já entraram ali derrotados.

Todos são elmos e máscaras, prontos para o maior papel de suas existências no palco da guerra. Quem sabe orar, reza para uma solução Deus-ex-machina, um milagre que, na crueza verossimilhante daquela encenação da vida, não virá. Que é a vida, ou além, já é a própria sobrevida em seu derradeiro e único ato: a cena do julgamento. O pranto de legiões de almas danadas que tentam a primeira salvação - que não virá, para vencidos ou derrotantes.

Os cavalos são o que há de mais humano entre as coxias, pois entrarão em cena todos instintos. No proscênio, os grandes generais são a pantomima da cordial sanguinolência porvir. Instintos e respondem ao perigo e domados seguem adiante, resfolegando, empinando, escoiceando animalidade nas razões da luta. Razões porvir.

São os arqueiros que se colocam no coro de metal e aves zunindo rêmiges nos céus - um céu-cenário para cada lado, nunca o mesmo Céu. Abrem as cortinas para representarem através de canto elegíaco de suas mortes engastadas entre escudos e peitos. Na marcação exata, dão a deixa para entrarem os protagonistas do esquecimento: a infantaria de homens que realmente viveram, souberam sobreviver, se embriagaram, defloraram seus futuros bastardos dos ventres camponeses lançados à terra, saquearam fés, riram e brigaram por coisas mesquinhas e amaram verdadeiramente, carnalmente e, também, marcharam por longos ensaios até os camarins das figurantes amizade e cumplicidade necessárias para o ombraombro das formações de defesa. Máquina que o soldado ao lado era ainda mesmo ator e corpo pulsando virilidade e cobardia ao som dos tímpanos e cornes que mesmo os anjos não ousariam tocar diante das muralhas dos últimos dias. Homens, menos os cavalos, mais humanos e bem tratados. Homens que improvisavam seus textos. Homens menos cavalos, açoitados pela vã glória que nunca terão suas. E, quando se percebe, tudo é rubro, abutre e pilhagem. Cavalos são cavalos e generais são tripas, vísceras, morte.

Dom Sebastião se foi entre os mouros do Islão. Inimigo que nunca estivera ali, exceto no reino lisboeta, até hoje, como num ruído de ondas... Que nunca foram realmente choradas.

Fecham-se as cortinas. Cruz e Crescente eclipsados.

Dois mesmos Messias que não chegará algum, jamais, novamente.

Perdido em alguma África onde Tormenta se confunde com Boa-Esperança, nem leste, nem oeste, nem nunca mais.

(Girrade Cruz, sem data)

Aforismo

"Só sabe o que é um careta quem fuma"

terça-feira, 1 de novembro de 2011

sONETO mOSCAspas

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Trecho de "Nilo e Mila no fabuloso Mundo de Lá", de Musa Nasser.

(...)

Nas diversas prateleiras,

Livros e mais livros

e livros e mais livros

mais livros, mais livros

e livros e-livros

Livros e mais livros

Assim, todos arrumados, bem colocados, classificados, dispostos lado a lado, enfileirados tematicamente - filosofia, geografia, história, ilustrados ou não - juntos, kapa a kapa, listados minuciosamente naquela orgia-ordem: peter pan, quixote, rumi e os salmos; todos unidos, fossem quem fossem, tinham seu espaço, Virgílio, William, Xerazade, Yeshua, Zoroastro...

Manifesto Pau no Cú

Ah, sim, e ia me esquecendo mesmo
Dedico essa bosta aos amigos
sim, vocês
principalmente ao Monarca
pra quem ainda devo uma grana e vou ficar devendo, porque isso aqui não se publica...

Manifesto Pau no Cú (parte XII)

E, antes de ir
(porque já deu a hora)
Sim, cú tem acento
Não vim aqui falar pra bundinha
Pau no cú
E se me esqueci de algo:
- Pau no cú!

Manifesto Pau no Cú (parte XI, porque é quase hora)

Católico de formação
Muçulmano sem mesquita
sem norte, sem Mecca
Pastor da abominação
(meu evangelho é Marginal)
levo minhas palavras ao lixo mendicante
e as devoro após
suja, mutiladas
assim, estragadas
fétidas
ruínas do Concreto
que tento reerguer em nova paisagem
inconsequentes
ingênuas
Antropofagia é coisa de canibal!
Pior que não
mas eu não devoro culturas
eu transo com elas
sobretudo as gordinhas afim de dar
culturas gordinhas e barangas
Velhas também, serei justo
- São jorge-dragão -
e sincero
Quero descabaçar as virgens
Só não creio que as haja
"pero que las hay, hay"
Ai! Ai! Chutei uma pedra em meu caminho, sem querer
e querendo
E é exatamente
Caminhando ainda
e sentido essa dor
é que...
já nem sei
- Pau no cú!

Manifesto Pau no Cú (parte X)

Já curtia o cheiro das vaginas
(porque ainda eram vagininhas)
A matéria bruta ainda em estado de ser
nos meus dedos e sonhava com o
agridoce sabor dessas maçãs
(porque ainda eram proibidinhas)
sílabas do pecado e palavras de danação
No paraíso de minha adolescência
que, Adão
costela quebrada fui expulso pra a terradulta
de conquistas onerosas
compromissos lexicais
coisa da sociedade sintática hipócrita
Pois sempre havia uma gordinha afim de dar
frases cheias de volúpia
De graça
Diferente das putas
Que eram questão de status
Mostrar que eu não ia me formar
mas ganhava minhas trinta moedas
funcionário público concursado iscariótes!
Corda pra me enforcar
à criança, a mirra, o incenso e o ouro
ao homem, látego, cardo, cruz
E foi isso: não o deixaram ser poeta
O transformaram em pateta
em rei
em Deus
e era apenas um grande profeta
da poesia
Da prosa veio o profeta após
Hégira

Manifesto Pau no Cú (parte IX)

Sim, tem que meter, chupar buceta
E muito
E muitas
Pra ser poeta, menino
Tem que viver
E muito
E muitas
Guarde suas espinhas inflamadas e pulsantes pro seu reflexo no espelho
E deixe o trabalho de homem pros homens
Que somos moleques, mano
E por isso sabemos do que falamos:
brincadeira de criança também tem regras
Mesmo pra falar qualquer besteira,
menino
Pra quebrar as regras não é preciso ser o dono da bola
Cabaço
É preciso ser bom
O melhor
E o pior
Se me perguntam porque sou tão ruim
Eu digo
- Não sou
Sou pior
O melhor
E o pior

Manifesto Pau no Cú (parte VIII)

Eu quero vadiar
e, pra realizar meu nobre sonho macunaíma
escrevo
E fazem piada de mim
Sou tão minoria quanto
satirizado, martirizado
idolatrado
letrado
vadiando e
enganando enquanto aqueles que se formaram
debatem
entre si as teorias (regras de brincadeiras infantis)
de tudo que não fiz
Cuspo neles
cuspo pra cima
Mas saio de baixo
Satirizando, martirizando
idolatrando
letrando
vadiado e
enganado enquanto aqueles que se formaram
debatem
entre si e ganham dinheiro
tudo que ainda não fiz
Cuspo neles
e cuspo pra cima
...

Manifesto Pau no Cú (parte VII)

Meus filhos
incito-os à violência
verbal
Dou-lhes palmadas com palavras e quero que eles batam nos que tentarem folgar com eles
Droga, não quero filho cabaço
As palavras têm que ser viris e eu as açoito.
Meus filhos são vampiros
E também tenho o direito de desejá-los preto no branco
biblicamente
Em respeito a minha avó
Aliás, ainda tenho piadas bastantes pras minorias.
Pau no cú, com assento
pra poder sentar
piada infame, como
poeta infame
da infâmia que é a glória de ser poeta

Manifesto Pau no Cú (parte IIII, como no relógio da estação)

Ah, a morena do curso de francês
Punheta
- Eu sujo minhas mãos!
Pilatos
São tantos os loucos
Je ne parle pas français
Minha língua é a maldita inculta e bela
a última que me permite
ser independentemente de
estar
E eu só fumo o que me parece mais natural

Manifesto Pau no Cú (parte III)

Não me levem a mal
Se eu for à igreja é por obrigação
nada de fé
Respeito muito a formação catolicapostolicarromana de minha avó
Dela. Se eu vou à igreja é pra ver se arrumo uma putinha afim de dar no dia do Senhor
Nos outros dias...
Eu quero vadiar
Poeticamente
A poesia tem que ser brincadeira de criança
Espontânea, com regras simples
E durante a brincadeira, esquecer as regras e reinventar o jogo
pra ganhar
Roubar não vale. Mas guardar caixão até alguém perceber
Eu, fulano de tal, documento 123, salvo o mundo!

Manifesto Pau no Cú (parte II)

Vampiro não tem sentimento
Não ama ou
Como eu amo tantas de uma vez?
Tenho tantas piadas das minorias e não posso contar
Ninguém ri, sem preconceitos:
Pimenta no dos outros é refresco
O que é seu, você dá se quiser, mano

Manifesto Pau no Cú (parte I)

Sim, quero descabaçar as virgens
Quero falar palavrão
Chutar os cães, mais importante
Roubar da goiabeira do vizinho.

Não tenho modos à mesa
Odeio cinema de vanguarda
E dane-se a norma culta
Chineses, coreanos, índios
Pra mim
São todos japoneses
Maldito ômega 3 que me faz desejar o que não posso
Mas os frangos têm cada vez peitos maiores e são
Abatidos cada vez mais cedo

O Mito

Me pediram um cigarro
Era um dia desses
Qualquer
Qualquer dia, qualquer cigarro
Desses
Puxei do bolso o
"Imperador"
- Mas isso é cigarro de pedreiro!
Cigarro de quem constrói
se bem aceso
- Você não trouxe o fogo, Prometeu.

(HdD, 1988)

Eu não acredito

Eu não acredito:
nos mitos que, se diz, foram homens
nos homens que, se diz, foram mitos
no Deus que se fez homem
no homem que se fez Deus
Hoje, só me forço a crer em dois tipos de homens
e sem exceção possível:
aquele que enxerga o fruto e não resiste
aquele que mal vê o fruto e foge
O pecado está em não dar uma mordida sequer, jamais.

(Hilário das Dores, sem data)

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Do fino feixe de luz da Lua Nova, inspirações para um Voo Livre

A Solidão
assim é novidade
é como querer divagar por horas
algo que cabe em uma palavra.

A Ilusão
que de tão densa capta o incauto Ego
Habituado à rotina de escolhas a tomar
e em velocidade de escape
Lança-o
a transpassar os vários graus de consciência

A evolução
que prospecta um novo pensar, um novo proceder
e propulsiona.
Sobrevoa e olha os ínfimos abismos,
rachaduras aos olhos das alturas.

A constatação
que do alto, nesse voo livre
a Lua esta noite me sorri
e convence
ao mostrar a caligrafia das estrelas
que a vida não é um sonho
nem o mundo um mar de sofrimento

A tradução
de sinapses esparsas, conceitos subjetivos
que transfigura-se
em sentenças alteradas remodeladas
a anunciar-te
A esperança que carregas em teu nome
A centelha divina que carregas em ti

Não há tempo que passe, sem que essa solidão se apresente e gere a ilusão. Evolução a parte, há a constatação de um sentimento, que mesmo em um voo livre, não tem tradução.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Eco

Saudades, hades, hades, hades...

(HdD década de 1980)

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Livr(o)e(-)Arbítrio

Volante em locomotiva
Minha opinião
Pipa talhada
Buzina de avião
Realmente Deus dá
Asas a quem não sabe voar
E eu, nem nadar
Afundo
Minha escolha

Cegos tocando surdos
Criados-mudos
Sorriso em boca banguela
Da minha vida cuido eu
Senão, Quem cuida dela?

Gosto da vida, mas
Como vivê-la sem falar da morte?
Livre-arbítrio
É questão de sorte

(HdD, IIIde86)

Conselho para bem nos entendermos

No banheiro, não escolha o mictório
mija logo, caralho
Escolha, no máximo, o seu canto de costume
mas, o meu, não
Senão vou ter que segurar.

(HdD, Xde86)

Novo Mundo Fêmea

Não te descobri menina
Não te explorei mulher
Não te colonizei amante
Te libertei, amada!

(Hilário das Dores, 1986)

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Água com açúcar

Desculpa incomodar a viagem, gente.
Não sei se viram na televisão.
Uma chacina. Era madrugada.
Sábado pra domingo. Embu das Artes.
Mataram nove, gente.

Foi na minha casa, gente.
Eu e meu filho
sobreviveu, mas
perdi um olho.
Meu filho, gente,
graças a Deus, nada.

Trabalho, gente,
ainda não consegui.
Nem chorar.
Só água com açúcar, gente,
ontem o dia inteiro,
sem nem bolacha
pra ajudar esquecer o estômago.

Cinco centavos, dez centavos, gente.
Agradeço um leite, um passe.
O que puder.
Cinco centavos, dez centavos, leite.
Meu filho, gente.

Não sei mais paz, gente.
Não sei mais quê.
Meu filho, gente.

domingo, 16 de outubro de 2011

Poemas do brother Matheus!!!

Uns escritos esparsos dum brother meu:

"Serei o que sou a ti
o que nunca fui, senão por ti
Seria o que foi por nós
o nós que nunca passou de olá
Olá a vida, que me tras você"

*********************************

"É sadismo nóis
É desejo atroz
Fome de tudo e de nada
Não mais te ver, desejar
Eis o sadismo de estar em você"

********************************

"E nois vaindo ó, ...
Vai indo eu, indo você."

****************************

"E fôrma que não forma
É forma sem valor
É teto sem amor
É caralho sem você"

***************************

"Isso gera fome
gera caos, doença, tesão e tensão
gera teto, esperança, traz lembrança
tras rito, tras isso traz, é grito e fala e dor
É sem amor, amando o que desconhece
E quando me reconheço, gozei em você"

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Mulecagem

Todo dia
no mesmo horário
o menino sobe no telhado
E lá de cima
grita bem alto

- Olha só quem vem ali!
Ah, é apenas mais um viado.

Outro dia o menino pirou
e subiu pelado
e mijou no cidadão
que passava despreocupado

- E ai? Ficou puto seu viado?

Mas teve um dia
que o menino subiu armado
e as bombinhas em suas mãos
atirava pra todos os lados

- Vai se limpar que você ficou todo cagado!

Os vizinhos revoltados
avisaram seu pai
que o espancou indignado

- Isso é pra aprender a não subir mais no telhado!

O menino cabisbaixo
trancou-se em seu quarto
triste por não poder ir mais no telhado

E no outro dia
quando foi procurado
ele não estava mais lá
E nunca mais foi encontrado

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Minhas coisas favoritas

[Ao som de My favorite Things e de A Love Supreme de John Coltrane. Logo, dedicado a Ilana.]

entretanto,
a vida insiste e os reencontros
acontecem.

Tudo
depende do corpo, digo,
de uma exigência do corpo

uma exigência
por misturas movimentos síncopes
Jazz incessante
lapidado por sagrados negros devotos de
the Soul the Swing the Freedom.

Sopros de harmônicas vibrações em deliciosa conversa franca de frases livres variadas sobre um delírio de cores brutas.

A união a adesão
o Gozo!

Um quarto de silêncio.

A love supreme
A love supreme
A love supreme


Louvor ao amor.

Sossego de estar
consigo mesmo & consigo outro.
Você sabe como é isso.
Pois sinta
the Feeling the Mood the Rhythym...

De copos por esvaziar,
nos transbordamos
para receber um acorde dissonante.

Sorrimos.

O bar está fechando.
Então, vamos?

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Yeah Yeah, i know

The moon tonight
is just a thin smile
and it might seem
for a while
that in its dimmest hour
My heart
would
get dark

The moon tonight
is a comforting
Thin smile
'cause memories
lasts forever
and time
a spark.

Yeah Yeah, i know.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

drible da vaca

é um trambolho
ali estorvando o corredor
por onde minha vida passa

- é você - inamovível.

mas, tô de boa...
eu não sou o prego do Orfeu.
então, azar o seu.
(viu? até rimou.)

toco a bola dum lado
corro pelo outro
a torcida grita olé
e sigo em direção à meta.

Aos 26 do primeiro tempo

Minha poesia não é um relógio quebrado;
muito mais inútil
- adolescente.

Pois isto insisto ser:
moleque que quebra janela assusta gato rouba beijo esfola joelho.

Ô, seu Manoel! Me ajuda
a ensinar essa gente a ser criança ainda outra vez.

Ele diz:
"É pra isso que eu presto."
Está bem, meu velho, porém, vou mudar:
"É por isso que eu não presto."
Assim, melhor eu.

Olha! pela minha pele
sanguessugas aos milhares
de ventosas chupando febre fingida de menino safado.

Estive no pântano.

Brinquei de afundar na lama.
Brinquei de fugir de jacaré.
Brinquei de lamber perereca.

Quando cansei,
voltei. Antes do jantar,
tomei um banho lento.

Nu, reconheci:
apenas uma infância, apenas uma vida, apenas um corpo...
tão pouco.

Que eu renasça! e torne a renascer
nos infernos, céus e terras
anunciados pelos profetas pobres de todos os povos.

Chega de frescura!
Chuto o balde e bem alto grito
GOOOOOoooool!
sem vontade de ser vencedor campeão supremo absoluto.

Só essa vontade de ser um perigo à conformidade.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Era pra se uma imagem pra te remeter a nós dois...

Um casal de vampiros na afamada Londres da Belle époque, com suas roupas elegantes (você e seus belos seios num espartilho), brincando de explodir o encéfalo das vítimas e se amarem comendo miolos docinhos, gominhas ensaguentadas a cair do teto... Não, não, não é isso, isso sou só eu, sentado no meio da sala, divagando, e o encéfalo a explodir é o meu e minhas últimas sinapses duram o tempo da massa cinzenta descolando do teto e caindo no chão:
Me Domine, que eu gosto!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

met.amor.fose

em ti, sumi derivante
sorvedouro súbito
sorrateiro entre tuas correntes pacíficas.

por ti, percorri submerso
labirinto estreito
demais aos meus ombros atlânticos.

de ti, emergi talassofóbico
caranguejo descolorido
couraçado de saudades oceânicas.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Rotina Noturna

Boa Noite
Deita
Vira pra cá
Mente a toque de caixa
mil frames por segundo
Corpo inquieto
estalo de dedos
Vira pra lá
Batuques
pés marcando ritmo
Respiração e Pulso
acelerados
Se ajeita
vira de frente
vira de costas
Cerra os olhos e
Cadê Morpheu?
Tic-Tac vira
Bang-Boom
Pingos de chuva; Artilharia
Espuma vira Pedra
Molas; Lanças
O Sono vira Lenda
A Insônia; inspiração
O Sol acende a luz
O despertador faz seu serviço
Bom dia!

Conclusão II

Baby, não tem a ver contigo. Saia com esse karma do meu colo.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Trupico (pode ser chamado de Partoba)


Repilo

As palavras, invejosas,
tateando tentarão
em vão
procurar, construir,
distorcer e aumentar
o que é sentido.
E eu?
Repilo qualquer tentativa.
O Som sempre sobrepujará,
e sairá assim em silvos,
batuques ébrios e bambos
ou com o arco do vento,
violinos velados vibrarão.
E assim, o dito
fraquejado, fracassado
Retirar-se-á
E o ouvido
Satisfeito
Acostumar-se-á
aos sons
que mesmo disformes,
destoados, destilados
alentarão os que ficam
e encorajarão os que vão
em vão.

sábado, 27 de agosto de 2011

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Ela foi se banhar

e eu a escrever

Agora só sei ser água
contornar os angulos de seu rosto
escorrer por tuas curvas.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Quando o canto da torcida se transforma em elegia

A neblina formada naquela noite fria camuflava malandros, malucos e loucos que debatiam sobre as tragédias da vida.
- Tem maluco morrendo hoje que nunca morreu antes.
- É, pelo menos uma vez na vida todo mundo morre.
Até a velha guarda, que nostálgica, discutiam sobre o evento.
- Pois é brother, a vida é mesmo loka.
- Foi ele quem escolheu esse caminho irmão!
E no fundo, ritmado pelo batuque do bumbo e do surdo, cantava a torcida que ele sempre representou.
- CAFÉÉ ETERNO
- CAFÉÉ ETERNO

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Voltas e voltas

E o sol no meio.
E depois de tantas voltas
cabe ao viajante um certo regalo.
Que ao comemorar mais uma volta,
quem sabe,
consiga um redondo.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

tchibum!

aos microtex-tos

sentei
no vaso
aliviei
o intestino
descarguei
a mente

- uma ideia! -

vou postar isso no blog.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

há tanto o que por no papel
há tantas mensagens a passar
pelas linhas
e entre elas
é tanta coisa
são tantas linhas
que, entrelinhas, me perdi.

Espera?

há quem espera.
ah, quem espera.
quem espera,
espera quem?
quem espera quem?
espera
.
.
.

quem?
.
.
.
espera quem?
tanta espera que a lembrança não vem.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Um galo sozinho não tece uma manhã

É sempre por causa dessa barulheira toda que acordo tão revoltado. Tem sempre um cuzão gritando lá, um filho da puta cantando ali, só pra comer a galinha da vizinha que não para de cacarejar.

terça-feira, 19 de julho de 2011

uma do Gregório de Matos para nos inspirar

"Sal, cal, e alho
caiam no teu maldito caralho. Amém.
O fogo de Sodoma e Gomorra
em cinza te reduzam essa porra. Amém.
Tudo em fogo arda,
Tu, e teus filhos, e o Capitão da Guarda."

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Pra você ler quando chegar aos 40...

E olhar pro seu velho sessentão, companheiro de viagem e dizer:
"Porra, pai, como você se divertia escrevendo essas merdas na extinta internet???
Só você e os tontos dos tios Angelo e Juca mesmo..."

Dalilescamente

O tempo derrete.
Os anos se fundem,
e eu já nem sei mais
quanto tempo faz,
se os tempos são de paz,
e se o tempo é capaz.

terça-feira, 5 de julho de 2011

A seca e os novos parametros humanísticos mundiais me conduzem à quebra de alguns antigos paradigmas, a constatação de alguns outros, e a certeza que novos sempre se criam.
Prolixo, talvez.
O fato é que eu quero transar.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Mais um cliente insatisfeito

Constrangido o garçom dirige-se a cozinha lendo o pedido feito secretamente por meio de um bilhete, pelo senhor sentado com sua esposa na quinta mesa à direita da porta.
"Uma porção de pinto c/ chulé."
Mais tarde entregariam na mesa meia porção de batata.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

quinta-feira, 9 de junho de 2011

quentinha

aproveita enquanto tá quente
porque depois
quando esfria
já era.

tesão é marmita não, jão.

Encontro Marcado

Farol quebrado
capacete rachado
moto no chão

Escorre óleo pela pela estrada

Bob deitado
espera seu dono
junto ao portão

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Gemina Sidera



[é essencial que se aperte o play antes de continuar]

Estrelas gêmeas
Nesta longínqua galáxia, intensas.
Jovens, no meio de uma nebulosa
Se orbitavam, planejando uma fusão.
A medida que as órbitas se estreitaram, aproximando-as
Eventos explicados pela física moderna
Lançaram-nas
em direções opostas.

[já se foram mais de 3:33 minutos de música, e você, leitor, já deve ter notado que são duas músicas bem distintas uma da outra tocando juntas]

Distam-se...
E estranhamente,
Os bilhões de anos-luz entre elas
Fizeram-nas perfeitas para fusão:
Uma reverteu seu polo magnético,
Outra acumulou densa massa.

[e agora, chegando aos 8:20 minutos de música, você sente a melodia se entristecer, pois é chegado o final da história]

Não há mais energia gravitacional,
As órbitas seguem distintas e assim seguirão.

[perceba a nota que começa aos 8:35 e segue até o fim da canção]

Misteriosamente, ao apontarmos nossos radiotelescópios para as duas estrelas, ouvimos a mesma frequência. Como se gritassem uma pela outra.

palavras soltas

Queres que meu tormento
sirva de fiança
para a tua indecisão?

Ou tens um fomento,
uma esperança
para a minha extinção?

As atitudes dos indecisos
são projéteis imprecisos

O desgosto
tornou este rosto
rocha

E na dureza
de mármore frio,
aquele vazio
Pareceu se findar

Mas há ali
um inconsciente incomum
em comum

E em tua estupidez,
mania boba, insensatez,
acessas
pra provocar.

E na cabeça da estátua acéfala:
É
de
magma
a
lágrima
que
cai.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Só mais um rosto na multidão

Interiorizo-me
com pensamentos
coca-colas
e hambúrgueres

Exteriorizo-me
com impropérios
arrotos
e peidos

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Buraco Negro

Enquanto tudo voltava para um ponto
primordial, para ser de novo Big-Bang,
Carlão Verdureiro, puxava um ronco no caminhão.

Wet Dreams #2 a.k.a Coincidencias do inconsciente.

Fora dos domínios de Morfeu eu a vi, e agradou-me aos olhos vê-la.
Para impactar ainda mais o meu nobre sentido da visão, dançava com fogo e seu vestido negro balançando só prendia mais meus olhos a suas ancas.
E aí se acabou, não mais a vi. Só sabia que morava nas cercanias. Mas não mais a vi.
Eis então que o insconsciente trabalha:
Alguns meses depois, numa dessas noites nulas da vida, aquela que agradou aos meus olhos volta pra me dominar, montar e cavalgar, fazendo jus ao nome deste singelo texto.
Acordei pra trocar de roupa de baixo, ah o poder do inconsciente.
E no dia seguinte, novamente fora dos domínios de Morfeu, um simples trabalho na horta.
E como se tivesse saído do limbo de minha mente, avisto aquela figura novamente, desta vez de vestido branco, contra o sol, transparente.
A probabilidade não é tão pequena, uma vez que morando nas cercanias eu poderia deparar com ela a qualquer momento.
Mas depois de um sonho desses.
A imagem dela de vestido branco, seus cabelos curtos e cacheados, contra a luz, evidenciando sua cinturinha e seu quadril largo, com uma mini calcinha verde limão, está na minha mente e jamais sairá.

QUE RABO!

domingo, 22 de maio de 2011

jam session

negro chapéu feltro dourado instrumento sopro espírito jazz chapado uísque saliva ouvidos vibrações sutis máximas taoistas consciência orgíaca suprema amor jam session clímax formas indistintas pessoas olhares pares globulares incandescentes intensos crânios coaxantes rãs amazônicas pulmões plenos grito sax rouco louco rugido ancestral morte faminta vítimas humanas tenras silêncio denso presas ofegantes hormônios alertas implacável fim.

[reescrita de “1950's ou uma orgia bebop” ao som de A Love Supreme, John Coltrane]

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Lan House

Depois do serviço, o cidadão cibernético encontrou Deus no fim
da espiral colorida do Player de seu computador.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Trindade

Era natal,
fui na casa da muié
e briguei com a sogra.

Na virada,
ela não quis vir pra cá
e brigou comigo por telefone.

Dai fui no bar
e encontrei amigos por lá.
Vamos viajar?

Ela ligou
e me perguntou
Onde cê tá?

Eu?... Tô vendo o mar!