quarta-feira, 6 de março de 2013

Numa hipotética ideia, num bolinho podre, com Kafka.

Não, este tipo de milagre não costuma acontecer.
Nem as reflexões acontecerão de fato.
O vil, continuará vil, suas vítimas, continuarão a sofrer.
Nunca haverá esperança e mutar-se constantemente se demonstra cada dia mais necessário.
O processado jamais seguirá a instância superior.
As horas são de trevas, vermes, mofo.
O pai não retornará a carta e muitíssimo menos, entenderá a chaga fatal que causou.
Esta estrada está fechada.
Toneladas pesam sobre cada palavra.

Na mente já não se passa mais nada.

Fica somente a repulsa à imposição de uma sistematização do processo de existência em total contraste com a vida e seus pulsos fractais, a florescer na fronte como uma lótus.