Aos 11, aproveitando que prima Georgina, de 19, ainda estava no banho, Justino entrou esbaforido no quarto que dividiam, abriu as gavetas do armário e se masturbou cheirando suas calcinhas. Sentia o peito e a barriga se encherem como um balão vermelho de aniversário. O sangue parecia café quente e pernas e braços e ombros e pescoço se descontrolaram até um espasmo definitivo.
Confuso com o que tinha acabado de fazer, contemplou, escorrendo no espelho do armário, como se fosse sua primeira bicicleta, aquela gosma que lhe lembrou leite condensado manchando o reflexo de prima Georgina encostada no batente da porta de braços cruzados e enrolada numa toalha roxa. Aos 30, recalcado e precoce, Justino se deu conta que a sua imagem disfarçava um sorriso compreensivo na boca rosada sem batom.
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