segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Se um dia, qualquer ideologia tenha nos feito acreditar que podemos, na realidade, governar nosso destino, esse foi o dia de nosso engano. Isolados, herméticos em nosso próprio mundo, podemos viver sob nossas próprias regras, porém vivendo em sociedade, mais uma gota no oceano, mais um de 7 bilhões, conduzidos pelas forças do espírito e da matéria, arremessados constantemente uns contra os outros e nesses incessantes encontros, colisões, choques, esbarrões e acidentes, acabamos nos transformando em meras peças dos jogos mentais decorrentes.
Acredito que esse seja o "problema fundamental", o causador principal dessa instabilidade que permeia tudo o que é humano, a falta de fé, o vacilo na hora da decisão, duvidar perante o inegável, errar vivendo em verdade e deixar o medo extinguir a vontade.
Lá fora tudo parece podre. O cancro maligno parece corroer nossa pureza, o que é estarrecedor para todo espírito livre que deseja se manter íntegro.
A culpa, com todos os seus complexos, nos põe em becos sem saída do labirinto de nossa mente, esta que, ao passar do tempo, ao invés de tornar esse labirinto menor, só o aumenta. Existir terrenamente é muito justo se feito com aceitação e amor.
Nesta luta contra tudo lá fora, podre e carcomido, também nos apodrecemos e assim, corrompidos como o mundo, devemos morrer. E alguns vivem, talvez achando que é essa morte que nos redime, o Juízo. Mas talvez o reflexo de nossos atos e feitos continue sob novas formas.
Com toda certeza, se somos parte de um plano maior e estamos conectados à eternidade, havemos de viver em infinitos planos, encarnados ou não, como seres de luz ou pura energia radiante. O fato é que não importa aonde, o estigma de cada crime e cada gentileza é que marcará nossa alma.

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