[dedicado a Publio Valle, ao som de Interstellar Overdrive, de Pink Floyd]
uma criança
parida da segunda enxaqueca prenhe de Zeus
nutrida com o leite lisérgico das tetas vulcânicas de Gaia
protegida pelos oráculos helênicos contra certidão sarampo Freud
se distrai
com duas ou três galáxias feitas um chocalho
marcando o compasso cósmico
para que Nataraja Shiva
dance
e vença a ignorância dessa maldita Kali Yuga.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
terça-feira, 26 de abril de 2011
bossta nova
hoje
eu acordei e
no café da manhã
chupei o cu de Vinícius de Moraes
o poetinha
besuntado na manteiga.
mais nada na boca o dia todo.
meia noite
em cada papila
ainda
o ranço gostoso
de pregas cariocas anos 50.
eu acordei e
no café da manhã
chupei o cu de Vinícius de Moraes
o poetinha
besuntado na manteiga.
mais nada na boca o dia todo.
meia noite
em cada papila
ainda
o ranço gostoso
de pregas cariocas anos 50.
domingo, 24 de abril de 2011
Irmãos em armas
Saudades de ti, irmão.
Sei que sabes quantas incontáveis vezes fomos irmãos em armas.
E de alguma forma, caídos aqui... nesta vida pacata e interiorana, ao sabor verde da paz.
Será que teremos mais uma batalha a travar lado a lado?
Nomes, já tivemos muitos e ainda recordo que em algum tempo me chamaste de Sebastião.
Ainda me lembro de armaduras, paisagens, miragens...
Num sonho recente, servíamos a Alexandre, no Majestoso Cerco a Tiro... éramos capitães.
A gente sempre se reencontra, meu irmão.
Isso é um fato.
És vinte de minhas maças e cinquenta de meus escudos, és por quem olho e cuido no campo de batalha.
Ave, irmão em armas.
Que juntos podemos parar milhares de exércitos!
Sei que sabes quantas incontáveis vezes fomos irmãos em armas.
E de alguma forma, caídos aqui... nesta vida pacata e interiorana, ao sabor verde da paz.
Será que teremos mais uma batalha a travar lado a lado?
Nomes, já tivemos muitos e ainda recordo que em algum tempo me chamaste de Sebastião.
Ainda me lembro de armaduras, paisagens, miragens...
Num sonho recente, servíamos a Alexandre, no Majestoso Cerco a Tiro... éramos capitães.
A gente sempre se reencontra, meu irmão.
Isso é um fato.
És vinte de minhas maças e cinquenta de meus escudos, és por quem olho e cuido no campo de batalha.
Ave, irmão em armas.
Que juntos podemos parar milhares de exércitos!
inconformado...
a moça diante do rapaz se abria, se esfregava nele, trocava olhares furtivos depois de certos comentários feitos pelos amigos na roda de conversa.
Ele conhece o jogo muito bem, sabe o que isso viraria caso a realidade fosse outra.
Os períodos da vida se sobrepõem em antíteses. E como na literatura, depois de um romantismo besta e exacerbado nada melhor que uma boa dose de naturalismo e realismo pra curar:
- amor, ela quer me dar.
- é eu vi, só faltou abrir a buceta pra você.
[ segue aí um imenso fluir de idéias sobre amor, sexo, fidelidade, homens, mulheres, vida, família, relacionamentos]
... 2 horas, algumas lágrimas, alguns sorrisos e algumas juras depois.
Ele:
- a minha vontade maior é não te ver triste...
Ela:
- eu só não quero que uma vaca vença.
Nada importava, era a pura e simples competição...
[indefinição entre uma gargallhada ou um assassinato por asfixiamento]
Ele conhece o jogo muito bem, sabe o que isso viraria caso a realidade fosse outra.
Os períodos da vida se sobrepõem em antíteses. E como na literatura, depois de um romantismo besta e exacerbado nada melhor que uma boa dose de naturalismo e realismo pra curar:
- amor, ela quer me dar.
- é eu vi, só faltou abrir a buceta pra você.
[ segue aí um imenso fluir de idéias sobre amor, sexo, fidelidade, homens, mulheres, vida, família, relacionamentos]
... 2 horas, algumas lágrimas, alguns sorrisos e algumas juras depois.
Ele:
- a minha vontade maior é não te ver triste...
Ela:
- eu só não quero que uma vaca vença.
Nada importava, era a pura e simples competição...
[indefinição entre uma gargallhada ou um assassinato por asfixiamento]
sábado, 23 de abril de 2011
...e quando percebi
ela já não estava mais aqui.
Em um diálogo coercivo
de um jeito quase impreciso
mudou tudo o que sinto.
O destino não está mais em suas mãos!
E por fim...
não sou mais eu o vilão.
Em um diálogo coercivo
de um jeito quase impreciso
mudou tudo o que sinto.
O destino não está mais em suas mãos!
E por fim...
não sou mais eu o vilão.
quinta-feira, 21 de abril de 2011
catedrático Gusmão cai na real
Ao receber alta do hostipal, vítima de um infarto:
(!)
- Doutor, como diria um dos meus alunos: a gente se tromba no rolê.
(!)
- Doutor, como diria um dos meus alunos: a gente se tromba no rolê.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
enjoy me
[para Carolina Gonçalves]
permito-me os homens todos
antes que a terra coma
que a fila ande!
permito-me as delícias todas
antes que a terra coma
que a fila ande!
permito-me os destinos todos
antes que a terra coma
que a fila ande!
permito-me as lágrimas todas
que a terra coma
antes que a fila ande!
permito-me os homens todos
antes que a terra coma
que a fila ande!
permito-me as delícias todas
antes que a terra coma
que a fila ande!
permito-me os destinos todos
antes que a terra coma
que a fila ande!
permito-me as lágrimas todas
que a terra coma
antes que a fila ande!
terça-feira, 12 de abril de 2011
Ave Maria do Morro
Presenciou também quando ele chorou com a tez marcada por vincos de desilusão.
Sofrera de verdade até encontrar a jovem que lhe sorria todas as manhãs enquanto lia as notícias do jornal do dia anterior em voz alta.
__ Um dia a gente fica rico.
__ Não me importo, desde que tenha você pra ler pra mim. - Disse pausadamente e de olhos cerrados enquanto engatava mais um raciocinio - E eu gosto daqui, me sinto mais perto do céu.
A riqueza não veio, a importância acabou, o morro desceu e ele nunca mais escutou as notícias do jornal.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
catedrático Gusmão não se liberta
Ao final de mais uma aula enfadonha:
(Suruba agora!)
- Para a próxima semana, façam o fichamento do texto de Milton Friedman que está no xerox.
(Suruba agora!)
- Para a próxima semana, façam o fichamento do texto de Milton Friedman que está no xerox.
sábado, 9 de abril de 2011
3.33 Av. Brasil, 18:20
Ha que bla bla bla, cris, é a Adriana falou que por ela eu continuava pre fa da, é blah blah blah fui, é a vruuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuum difícil chegar lá então
[estou sentado, olho pro lado e vejo uma delicinha de pé ao lado de um tonto, devia ser conhecido dela, pois trocavam uma conversa barata, pelo que entendi eles trabalhavam juntos e se reencontraram, ele aproveitava o sacolejo do busão lotado pra tirar casquinhas falando pertinho dela, ela faz cara que não liga, mas se não fosse o busão lotado, estaria a quilometros do pulha, foco minha atenção ali]:
- Olha, quando eu tava lá era diferente [desfoco rapidamente da conversa barata e olho para os olhos dele que urravam " quero lamber teu cú e se você peidar eu trago", ok talvez eu tenha pensado isso, mas o pensamento dele não seria muito diferente pelo que notei em seus olhos... desfoco]
Ahblah blah oi que fro a vruuuuuuuuuuuum, pshhhhhhhhhhhh vruuuuuum a blah blah blah a mar shhhhh a que a da pe a i fro vrruuuuuuuuuummmm pshhhhhhhhhhh
[o telefone de alguém atras de mim toca]:
- Alô? Tá muito parado aqui, é, amanhã eu vou, pai, é ! Tá bom? ok, beijo!
Vruuuuuuummm é blah plec ploft, a pshhhhhhhhh
VRRRRRRRRRRUUUUUUUUUUMMMM
é , fazê nada né ahahaha ahahah
ahahaahha é a noite a fla vrrrrrruuuuuuuummmm a é blah blah blah blah
-Alô???? pshhhhhhhhhhhhhh
Pshhhhhhhh
[caraio, meu ponto é o próximo, fim da transcrição]
[estou sentado, olho pro lado e vejo uma delicinha de pé ao lado de um tonto, devia ser conhecido dela, pois trocavam uma conversa barata, pelo que entendi eles trabalhavam juntos e se reencontraram, ele aproveitava o sacolejo do busão lotado pra tirar casquinhas falando pertinho dela, ela faz cara que não liga, mas se não fosse o busão lotado, estaria a quilometros do pulha, foco minha atenção ali]:
- Olha, quando eu tava lá era diferente [desfoco rapidamente da conversa barata e olho para os olhos dele que urravam " quero lamber teu cú e se você peidar eu trago", ok talvez eu tenha pensado isso, mas o pensamento dele não seria muito diferente pelo que notei em seus olhos... desfoco]
Ahblah blah oi que fro a vruuuuuuuuuuuum, pshhhhhhhhhhhh vruuuuuum a blah blah blah a mar shhhhh a que a da pe a i fro vrruuuuuuuuuummmm pshhhhhhhhhhh
[o telefone de alguém atras de mim toca]:
- Alô? Tá muito parado aqui, é, amanhã eu vou, pai, é ! Tá bom? ok, beijo!
Vruuuuuuummm é blah plec ploft, a pshhhhhhhhh
VRRRRRRRRRRUUUUUUUUUUMMMM
é , fazê nada né ahahaha ahahah
ahahaahha é a noite a fla vrrrrrruuuuuuuummmm a é blah blah blah blah
-Alô???? pshhhhhhhhhhhhhh
Pshhhhhhhh
[caraio, meu ponto é o próximo, fim da transcrição]
Galopeiras...
Não foi lá em Asunción, capital do Paraguay
Mas conheci 3 paraguaias que me convidaram pra follaaaa aaaa aaaaarrrrr
O resto é evento sinestésico....
Mas conheci 3 paraguaias que me convidaram pra follaaaa aaaa aaaaarrrrr
O resto é evento sinestésico....
quarta-feira, 6 de abril de 2011
hardcore
[al thiago, con cariño]
eu avacalho.
chacoalho o cu da mãe joana.
ando pelado. por aí.
me masturbando gostoso na avenida.
e quero mais que você me lamba.
na quina da virilha.
eu avacalho.
chacoalho o cu da mãe joana.
ando pelado. por aí.
me masturbando gostoso na avenida.
e quero mais que você me lamba.
na quina da virilha.
segunda-feira, 4 de abril de 2011
a primeira vez que catedrático Gusmão ouviu um pancadão
no farol vermelho, ao lado de um golf tunado - o som no talo:
(ah!
as ereções de antanho...
quão mais poéticas!)
- Meu jovem, você devia se envergonhar dessa obscenidade!
(ah!
as ereções de antanho...
quão mais poéticas!)
- Meu jovem, você devia se envergonhar dessa obscenidade!
Emblemático...
_Cê pode dá licença que eu preciso mijá?
_ Muleque, eu já ví mais pinto do que você a luz do sol...
domingo, 3 de abril de 2011
a lucidez embriagada do catedrático Gusmão
no balcão do boteco, desconcentrado no fundo do copo:
(chega. não aguento
mais. mas
que história é essa?!
seja homem!)
- Mané, desce mais uma. Hoje eu durmo no sofá.
(chega. não aguento
mais. mas
que história é essa?!
seja homem!)
- Mané, desce mais uma. Hoje eu durmo no sofá.
sexta-feira, 1 de abril de 2011
catedrático Gusmão quando calouro
- Ai, Gu, sinto uma saudade doida de apertar meu cachorrinho, sabe?
(então pega no meu e chama de Totó.)
- Ele possui pedigree?
(então pega no meu e chama de Totó.)
- Ele possui pedigree?
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