sexta-feira, 28 de maio de 2010

Os desarranjos de Vagnão Cagalhão - Busão

Faz quinze minutos. Porra. Vai logo, caralho de busão. Ele vem vindo. Não. É caminhão. Agora vem?... É ele. Até que enfim, corno. Buceta de busão abarrotado. Não tem lugar pra respirar. A não ser pra cheirar uns par de sovaco. Ficar em pé tá foda hoje. Mó lesera. Puta mochila pesada. Ninguém oferece colo pra colocar a mala. Filho das puta. Foda-se. Puta! Quero cagar. Fodeu. Vai, busão! Puta motorista lerdo, mano. Vai, porra! Vou cagar na calça. Devagar na lombada, cacete. O urubu tá bicando. Segura, merda! Não chega nunca. Tá no beiço! Tá chegando. No próximo ponto. Valeu por adiantar o sinal, mina. Te amo. A porta do fundo tá cheia. Todo mundo querendo sair. Igual meu cu. Vou descer pela porta do meio. Para a porra do busão, mano. Abre logo a porta, cuzão. Já era. O abarrotamento vazou de mim.

Um comentário: