Oye, cabrón,
Escucha a tu viejo bisabuelo:
Eso pasó en la frontera.
¿Río Bravo del Norte?
No, chico,
Río Chibarro.
Frontera San Carlos-Araracuara.
Hacienda del Oso, 1910.
Un duelo:
Daniel "Crucificador" Berto contra Waldemir "Panchito" Junior.
El Crucificador solía dejar una cruz
sobre la frente de sus víctimas
para el alma
irse pronto a la presencia de Jesúcristo,
nuestro único Señor y Juez.
El Panchito era huérfano bastardo
ahijado de Pancho Villa --- ¡Viva! ---
A los siete, el fusil era su juguete favorito.
En disputa:
El domínio total de los campos alrededor del Río Chibarro.
Al mediodía.
Los dos tipos, sus padrinos y nadie más.
(Pocos saben:
Pancho Villa --- ¡Viva! ---
en ningun otro momento
se ausentó de la Revolución)
Una bala en cada pistola nomás.
Rapidez y puntería.
Crucificador sacó su arma primero.
Pero Panchito disparó antes.
A Panchito le hirió el hombro derecho.
A Crucificador, la mano izquierda.
La pelea fue decidida a manotazos y machetadas.
No se puede cancelar una cita con la Santa Muerte.
Esta era la Tradición, el Código de Honor.
Los hombres de antaño, sí, tenían cojones.
Se golpearon hasta que se cayeron.
Ambos agotados.
Ambos muertos.
La sangre mezclada al suelo.
La sangre unida --- marca de la Família.
La sangre que quitó el rancio de los antepasados.
La sangre que hermanó a los pueblos
En el duelo eterno por sus iguales
Reposados bajo la misma tierra.
Tras la tragedia viene la paz.
Así es la historia.
Nuestra historia.
Nunca te olvides:
Tierra sagrada no se puede corromper, cabrón.
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Desafiotranscriativo II - O Ranço do Chibarro
O desafio é escrever, seja lá o que for, algo sobre essa rixa, disputa, rivalidade, picuinha, ou como dito ali em cima o Ranço, que acreditamos ser proveniente do rio chibarro que existe entre duas cidades vizinhas do interior paulista: Araraquara e São Carlos.
Lançado
Lançado
domingo, 15 de abril de 2012
terça-feira, 10 de abril de 2012
destino: aqui-agora
para S. N. Goenka-ji
ante o horizonte
--- não uma linha, um campo ---
dei um passo
e outro
e outro
e outro e outro e outro e outro
porém permanecia a meta sempre
inalcançada
insuperada
inesgotada
a viagem da desilusão
a certeza da aniquilação
a mais bela canção
no espaço
vasto
tempo presente
uma nascente
um velho guardava
vaginal
visçosa
ouvi a voz do velho vibrar
frequências impossíveis
na atmosfera da Noite Natural
afastando os espíritos vis
afagando as almas amáveis
"venham à fonte"
"embriaguem-se de consciência"
segui --- bebi de Luz.
minha agulha agora apontava
--- não norte ou oriente ---
talvez Tudo
ainda que Nada.
ante o horizonte
--- não uma linha, um campo ---
dei um passo
e outro
e outro
e outro e outro e outro e outro
porém permanecia a meta sempre
inalcançada
insuperada
inesgotada
a viagem da desilusão
a certeza da aniquilação
a mais bela canção
no espaço
vasto
tempo presente
uma nascente
um velho guardava
vaginal
visçosa
ouvi a voz do velho vibrar
frequências impossíveis
na atmosfera da Noite Natural
afastando os espíritos vis
afagando as almas amáveis
"venham à fonte"
"embriaguem-se de consciência"
segui --- bebi de Luz.
minha agulha agora apontava
--- não norte ou oriente ---
talvez Tudo
ainda que Nada.
sexta-feira, 6 de abril de 2012
Não é mais o cu do mundo
Outrora
chegavam aqui
quando e perdiam
O mundo orbitou
nada mudou
Continuei no mesmo lugar
Logo
passavam por aqui
pra chegarem lá
Tudo orbitou
algo mudou
Continuo no mesmo lugar
Hoje
passam por lá
pa chegarem aqui
chegavam aqui
quando e perdiam
O mundo orbitou
nada mudou
Continuei no mesmo lugar
Logo
passavam por aqui
pra chegarem lá
Tudo orbitou
algo mudou
Continuo no mesmo lugar
Hoje
passam por lá
pa chegarem aqui
terça-feira, 3 de abril de 2012
Registro Psiquiátrico #1
Sr. Hipólito Damasceno. 82 anos. Varejista aposentado. Viúvo. Passatempo preferido: jogos de cartas. Hábito compulsivo: tirar a dentadura e chupar a gengiva. Motivo: impotente desde os 66.
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